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Serviço de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos da Marinha conclui a Vistoria de Segurança de Aviação no PHM “Atlântico”

O Serviço de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos da Marinha (SIPAAerM) concluiu a Vistoria de Segurança de Aviação (VSA) do Porta Helicópteros Multipropósito “Atlântico”, em 23 de agosto, Dia da Aviação Naval.

A VSA do novo Capitânia da Esquadra contou com a participação e operação de três aeronaves, o IH-6B, pertencente ao 1º Esquadrão de Helicópteros de Instrução, o UH-15, do 2º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral e o SH-16, do 1º Esquadrão de Helicópteros Anti Submarino.

Foram realizados exercícios e, ao final da comissão, o navio obteve aprovação para realização de operações aéreas até o Nível de Operação III e Classe de Apoio 3, sendo até duas aeronaves em operação simultânea, no período diurno e sob condições meteorológicas visuais.

Porta-Helicópteros Multipropósito Atlântico é incorporado à Esquadra brasileira¹

Após mais de 20 dias de viagem, atracou no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ), na Ilha das Cobras, o novo navio capitânia da Esquadra brasileira, o Porta-Helicópteros Multipropósito (PHM) Atlântico. O navio chegou no sábado (25) e foi recebido pelo ministro da Defesa, Joaquim Silva e Luna, pelo comandante da Marinha, Eduardo Bacellar Leal Ferreira, pelos familiares da tripulação, imprensa e convidados. Uma Parada Naval – desfile de diversos navios da Marinha – em continência ao ministro, e uma salva de tiros, executada pelo Batalhão de Artilharia de Fuzileiros Navais (BtlArtFN), também marcaram a cerimônia.

Com mais de 200 metros de comprimento e tripulação de 303 militares, o Atlântico será utilizado para o controle de áreas marítimas e projeção de poder sobre terra, pelo mar e ar. A embarcação dispõe de capacidade de suporte hospitalar e poderá ser empregada em missões de caráter humanitário, auxílio a vítimas de desastres naturais, de evacuação de pessoal e em operações de manutenção de paz, além de poder ser utilizado em missões estratégicas logísticas, transportando militares, munições e equipamentos. O porta-helicópteros ainda tem capacidade para transportar de 500 a 800 fuzileiros.

O ministro da Defesa destacou que a chegada do navio garante a tranquilidade nesta parte do mundo, particularmente, no Atlântico, pois tem grande capacidade dissuasória, aumentando o poder de combate do nosso país. Ressaltou que a Marinha vem desenvolvendo outros projetos, como o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub).

A previsão é que até o fim deste ano seja lançado ao mar um submarino convencional e para daqui cinco ou seis anos, um submarino com propulsão nuclear. Há previsão também da construção de reatores com finalidade múltipla, ou seja, do emprego militar à utilização na área de saúde.

O comandante da Marinha ressaltou que o navio será utilizado por muito tempo, pois foi reformado em 2012 e está em excelentes condições. Para o Capitão de Mar e Guerra Giovani Correia, ser o primeiro comandante do Atlântico é uma honra.

Histórico

Construído no Reino Unido e adquirido pelo Brasil em fevereiro, passou por quatro meses de manutenção, antes de receber sua primeira tripulação brasileira. A viagem com destino ao porto sede teve início em 1º de agosto, com escala em Lisboa, Portugal.

Como integrante da Marinha Inglesa, o então HMS Ocean foi utilizado em diversas operações, servindo de apoio a ações humanitárias nas costas de Honduras e Nicarágua, atingidas pelo furacão Mitch, em 1998, e em ações humanitárias no Kosovo, em 1999.

Em 2000, o navio participou da Operação Palliser, em Serra Leoa. Em 2003, foi utilizado na Operação Telic, no Iraque, e em 2011, na Unified Protector, na Líbia. Já em 2012, prestou apoio aos Jogos Olímpicos de Londres. Por fim, em 2017, a embarcação foi utilizada em operações navais e ações humanitárias nas ilhas do Caribe, atingidas pelo furacão Irma.


¹Por Comandante Cleber Ribeiro / MD

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